20 de nov. de 2010

Escócia:Inverness(Parte 1)-Para sempre na memória

Era outono na Inglaterra, final de outubro e o frio já havia há muito se instalado. Resolvemos, eu e dois amigos, que iríamos à Escócia. King's Cross Station, bilhetes na mão,uma mochila repleta de agasalhos, um trem na manhã fria e a nublada Londres foi ficando para trás.Campos, ovelhas, montes, pinheirais iam se sucedendo num ritmo agradável pela janela do trem. Finalmente Edinburgh aparece a nossa frente, cidade encantada com suas torres medievais e aquele castelo imponente que domina tudo do alto do rochedo. Mas Edinburh é tão maravilhosamente mágica que merece um texto à parte. De lá alugamos um carro, um Peugeot vermelho que o Alexandre se atreveu a dirigir pelas estradas da Escócia. Uma luta no início: direção do lado direito e ocupação da faixa do lado esquerdo da estrada- a tal da mão inglesa. Entra errado aqui, sai na contra mão ali, roda e volta no mesmo lugar algumas vezes e, alguns sustos depois, finalmente saímos da cidade em direção ao Norte. Destino:Inverness. Distância: cerca de 180 quilômetros.
Seguimos pela M90 em direção a Perth, meio que perdidos com tanta beleza dos campos escoceses. Pelo meio da tarde, a fome batendo forte,próximo a Dunfermline avistamos à margem da rodovia uma fazenda, em cuja placa estava escrito: típica comida caseira escocesa. Entrar? Claro, para isso alugamos um carro, para ficarmos livres e visitarmos o que bem entendêssemos, parar ou seguir quando quiséssemos. Foi um almoço inesquecível! Acho que comi o melhor salmão da minha vida, macio, muito bem temperado, cheiro de comida de avó...
De volta ao carro, seguimos pela A9, margeada de lagos e castelos antigos, muitos deles em ruínas,os olhos se abrindo sempre a cada nova visão da antiga e bela terra dos celtas. Aquela era a segunda vez que eu visitava a Escócia e mesmo assim ela continuava me surpreendendo a cada curva da estrada. Uma sensação estranha foi tomando conta de mim: parecia estar me movendo num sonho, que todo aquele cenário não era real.
Finalmente,ao entardecer- e no outono o sol se põe muito cedo na Escócia- chegamos a Inverness, a capital das Highlands escocesas. "Highlands" significam "terras altas", lugar repleto de lendas e tradições antigas. Assim que chegamos, procuramos um hotel para nos acomodar. Um banho quente, uma roupa limpa, um jantar regado a vinho tinto e uma noite de sono nos deixaram novos e assim prontos para Inverness.
A cidade é muito linda, fica situada à margem do rio Ness, repleta de construções típicas de pedras, como a cadedral de Saint Andrew, nos remetendo a uma época muito diferente da nossa. As ruas são tranqüilas, especialmente a High Street, somente para pedestres. Os habitantes de Inverness descendem em grande parte dos antigos celtas que falavam gaélico, por isso muitas placas ainda apresentam o nome dos lugares em inglês e em gaélico. Apesar do frio intenso, que andava na casa dos zero graus, Inverness foi uma esperiência incrível, a ser repetida muitas vezes, pois é uma cidade única. À luz do luar ou banhada de sol é um lugar que ficará para sempre na minha memória...

13 de nov. de 2010

Além do horizonte...viajante sem fronteira

Cada canto do mundo tem seu encanto,
detalhes a serem descobertos pelo viajante.
Sons, cores, odores, sabores...
Quem viaja, para perto ou para longe,
tem o privilégio de encontrar o pote de ouro
no final do arco-íris.
Quer vir comigo nesta emoção?