4 de dez. de 2010

Escócia:Highlands com castelos(Parte 2)-Para sempre na memória

Saímos cedo de Inverness, a manhã gelada de Outubro convidava a ficar mais na cama, mas o coração ansiava por conhecer as Highlands, ver seus mistérios, sentir a história daquelas terras distantes. Pegamos o carro debaixo de uma garoa fininha e seguimos rumo a oeste animados com o dia que se abria a nossa frente. Pegamos a A 82 sentido sudoeste, pois nossa intenção era alcançar a ilha de Skye. No outono, as estradas escocesas são encantadoras, apesar da chuvinha insistente. Lagos cristalinos se sucedem, emoldurados de montanhas e extensos pinheirais. Mas a lendária criatura, o famoso Monstro de Loch Ness, infelizmente não deu as caras. Aliás, vale lembrar que por aqui, conforme publiquei no post anterior, a língua gaélica ainda tem muita força e "Loch" é exatamente isso que você deduziu, Lago. O Ness se estende no sentido norte-sul e vai margeando a A82. Apesar de muito profundo, é um pouco estreito. Pequenos vilarejos vão se sucedendo e observamos que o feno já estava enrolado nos campos, para alimentar o gado no inverno. Lagos, campos, montanhas, folhas douradas caindo ao vento... a Escócia se abria à nossa frente com a toda sua magia.


A primeira parada, of course, foi ao lado do Ness. Colocar a mão em sua água cristalina, caminhar nas suas margens, respirar o ar gelado da manhã...não há nada no mundo que pague esta experiência...seguimos em frente e paramos um pouco adiante para ver parte do Caledonian Channel, canal que interliga quatro lagos entre Inverness e Fort William. De lá seguimos viagem, sempre rumo a oeste,impressionados com os vários castelos à beira da estrada, muitos em ruínas, mas não podíamos deixar de visitar o Urquart Castle, às margens do Lago Ness, próximo à vila de Drumnadrochit. A vista é simplesmente espetacular, as ruínas do castelo datam do século sexto e você se sente como se estivesse em plena idade média, até o ar parece mudar...Tive a impressão de que um cavaleiro sairia a qualquer momento de entre as ruínas,elmo na cabeça, olhar perdido como quem vem de muito longe...
A velha Escócia é mesmo surpreendente...

( continua...)

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